Portanto, uma nova classe global vem surgindo, "com, digamos, passaporte indiano, castelo na Escócia, apartamento em Manhattan e ilha particular no Caribe". O paradoxo é que os membros dessa classe global "jantam privativamente, compram privativamente, veem obras de arte privativamente, tudo é privativo, privativo, privativo". Criam assim um mundo-vida só seu para resolver um problema hermenêutico angustiante; como explica Todd Millay, "as famílias ricas não podem apenas 'convidar os outros e esperar que entendam o que é ter 300 milhões de dólares'". Então, quais são seus contatos com o mundo em geral? São de dois tipos: negócios e filantropia {proteger o meio ambiente, combater doenças, apoiar as artes etc.}. Esses cidadãos globais vivem em geral na natureza mais pura, seja caminhando na Patagônia, seja nadando nas águas translúcidas de ilhas particulares."
( Slavoj Žižek )
[ Primeiro como tragédia, depois ]
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