É como se um hemisfério do seu cérebro estivesse percebendo o mundo refletido em um espelho. Através de um espelho. Ver? Então a esquerda se torna à direita, e tudo o que isso implica. E ainda não sabemos o que isso implica, ver o mundo revertido assim. Topologicamente falando, uma luva à esquerda é uma luva à direita atravessada pelo infinito.
(It is as if one hemisphere of your brain is perceiving the world as reflected in a mirror. Through a mirror. See? So left becomes right, and all that that implies. And we don't know yet what that does imply, to see the world reversed like that. Topologically speaking, a left-hand glove is a right-hand glove pulled through infinity.)
Em Philip K. Dick, "A Scanner Darkly", o autor ilustra as complexidades da percepção por meio de uma metáfora intrigante. Ele sugere que a percepção de um indivíduo pode parecer ver o mundo através de um espelho, resultando em uma reversão onde a esquerda se torna à direita. Essa visão espelhada leva a uma contemplação mais profunda sobre as implicações dessa perspectiva, destacando as incertezas de entender a realidade quando tudo é invertido.
Além disso, Dick se expande essa idéia, relacionando-a ao conceito de topologia, onde compara uma luva à esquerda a uma luva direita que foi torcida pelo infinito. Essa analogia enfatiza a natureza entrelaçada da percepção e da realidade, sugerindo que nossas interpretações podem ser distorcidas e esclarecedoras. A exploração desses temas convida os leitores a refletir sobre sua própria compreensão da existência e a natureza da própria realidade.