A ficção não era uma panacéia, mas nos ofereceu uma maneira crítica de avaliar e agarrar o mundo-não apenas nosso mundo, mas aquele outro mundo que havia se tornado objeto de nossos desejos.
(Fiction was not a panacea, but it did offer us a critical way of appraising and grasping the world-not just our world but that other world that had become the object of our desires.)
Em seu livro de memórias "Reading Lolita em Teerã", Azar Nafisi reflete sobre o poder da ficção para fornecer informações e compreensão de nossas vidas e das realidades mais amplas ao nosso redor. Embora reconheça que a literatura não é uma cura para tudo para questões sociais, ela enfatiza sua importância em nos ajudar a apreciar e criticar as complexidades do mundo, particularmente em ambientes restritivos. Através da narrativa, podemos explorar nossos desejos mais íntimos e as realidades que frequentemente enfrentamos.
O trabalho de Nafisi ilustra como as histórias e os personagens podem espelhar nossas lutas e aspirações, vinculando experiências pessoais a temas sociais e culturais maiores. Ao se envolver com a literatura, os indivíduos ganham novas perspectivas, promovendo uma conexão mais profunda com suas próprias realidades e as de outras pessoas. Esse engajamento promove a compreensão e a compaixão em um mundo que muitas vezes pode parecer isolado e confinando.